Eventos

IB responde dúvidas sobre fungos na agricultura em evento online

Webinar - O que você gostaria de saber sobre...? - será realizado em 25 de novembro, às 18hs


O que você gostaria de saber sobre fungos? O Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizará webinar em 25 de novembro, às 18h, para responder dúvidas de produtores rurais e da população sobre esses organismos que podem causar muitos prejuízos na agricultura. As inscrições para o evento podem ser feitas  neste link. Neste mês de novembro, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo celebra seus 130 anos.

Durante o encontro, os pesquisadores do IB, José Eduardo Marcondes de Almeida e Ricardo José Domingues farão uma breve apresentação sobre os fungos e seus problemas e soluções em plantas de interesse econômico. O debate contará ainda com a participação das pesquisadoras Ieda Mascarenhas e Josiane Takassaki Ferrari.

Segundo Domingues, no passado, as doenças fúngicas causaram grandes epidemias, dizimando áreas de cultivo e provocando fome, imigrações e, até mesmo, mudanças de hábitos de consumo da população. "Ainda hoje elas causam graves prejuízos econômicos, tanto pelas quebras de produção, que acabam encarecendo o produto para o consumidor, como pelos custos econômicos demandados pelas medidas de controle, que devem ser implementadas a tempo para evitar prejuízos maiores", explica.

O Instituto Biológico atua na solução desses problemas, fornecendo ao agricultor e aos técnicos informações, conhecimentos e tecnologias que podem reduzir os impactos negativos das doenças fúngicas sobre a sociedade, garantindo a sustentabilidade do agronegócio paulista e brasileiro.

Fungos podem controlar pragas e doenças na agricultura - O pesquisador do IB, José Eduardo Marcondes Almeida, falará sobre os fungos entomopatogênicos, que são inimigos naturais de pragas importantes para a agricultura como a cigarrinha-da-raiz na cana-de-açúcar e mosca-branca na soja. Cepas desses fungos selecionadas pelo IB são capazes de controlar naturalmente as pragas, reduzindo ou eliminando a necessidade do uso de defensivos agrícolas.

"As cepas selecionadas pelo IB são utilizadas em dois milhões de hectares de cana-de-açúcar no Brasil, quatro milhões de hectares de soja, três mil hectares de plantas ornamentais e morango e mil hectares de banana", afirma.

O uso desses fungos pode resultar em economia de R$ 145 por hectare para controle da cigarrinha-da-raiz, R$ 115 no controle do Sphenophorus levis e R$ 45 para o controle da mosca-branca. "A partir desses dados de economia e de área em que os produtos são utilizados, chegamos a esse impacto anual de R$ 398,5 milhões. Isso sem contar os impactos ambientais e sociais do uso dessas tecnologias sustentáveis", afirma o pesquisador do IB.

De acordo com Marcondes, todas as 120 empresas brasileiras que produzem bioinsumos para controle do  Sphenophorus levis, cigarrinha-da-raiz e mosca-branca usam tecnologia do IB. Além disso, empresas do Paraguai e Panamá também utilizam cepas do Instituto de pesquisa paulista.
 
Webinar "O que você gostaria de saber sobre...?" - O Instituto Biológico lançou a série de webinar "O que você gostaria de saber sobre...?", realizada em parceria com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), em julho de 2021. Os eventos online são espaços de comunicação para que os participantes possam esclarecer dúvidas com os técnicos do IB sobre o tema do dia, na forma de uma discussão aberta e participativa.
"A dinâmica de cada encontro consiste em uma breve apresentação didática do tema e em seguida é aberto para perguntas enviadas pelo público ao técnico. Os produtores, agrônomos, veterinários, biólogos e demais interessados poderão escolher o tema do próximo encontro, por meio de formulários enviados por e-mail", explica Nayte Vittielo, coordenadora do evento e diretora substituta do IB.

Considerado estratégico pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o IB desenvolve há 94 anos pesquisas relacionadas à saúde das plantas, animais e meio ambiente e, consequentemente, dos consumidores, sendo fundamental para que o agro paulista e brasileiro ganhe e mantenha seus produtos nos principais mercados consumidores do mundo. "O IB está sempre antenado às exigências do mercado e da população nas questões relacionadas ao alimento seguro. Nossas pesquisas estão focadas na solução desses problemas", afirma.

SERVIÇO:  O que você gostaria de saber sobre fungos?

Data: 25 de novembro de 2021 - Horário: 18h - Inscrição: acesse o link
 
94 anos de Pesquisa - O Instituto Biológico foi fundado em 1927, e tem muitas contribuições relevantes para a sanidade animal e vegetal brasileira. A fundação do IB atendeu a um ideal paulista e principalmente dos produtores rurais para a criação de um órgão que cuidasse da sanidade do café, maior riqueza do Estado na época. Com a aparecimento, em 1924, de uma terrível praga nas lavouras de café, chamada broca, um grupo de cientistas se juntou para achar uma solução. Com o sucesso do controle da broca por um inseto vindo da África e que era seu inimigo natural, foi apresentado na Assembleia Legislativa a importância do hoje conhecido como IB, referência no Brasil e no mundo em pesquisas na área de sanidade animal e vegetal, proteção ambiental e pragas urbanas.

O Instituto de pesquisa paulista é considerado estratégico pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo para que o agro paulista e brasileiro ganhe e mantenha seus produtos nos principais mercados consumidores do mundo.

Esta relevância, segundo a diretora geral do IB, se dá pela instituição trabalhar com saúde, seja ela das plantas, dos animais, do meio ambiente e, consequentemente, dos consumidores. "O IB está sempre antenado às exigências do mercado e da população nas questões relacionadas ao alimento seguro. Nossas pesquisas estão focadas na solução desses problemas", afirma.

Para garantir a saúde de todo esse ecossistema, o IB atua no desenvolvimento científico, na participação de programas estratégicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de prestação de serviços para o setor de produção. Por ano, mais de 200 mil diagnósticos são realizados pelo Instituto de pesquisa paulista, por exemplo.

Os resultados alcançados pelo IB não se limitam apenas ao Estado de São Paulo e ao Brasil, mas são usados também em outros países. Em outubro deste ano, por exemplo, a Secretaria de Agricultura, por meio do IB, assinou protocolo de intenções com a Universidade Estatal Amazônica do Equador (UEA), para estabelecer uma agenda de trabalho em comum, com ações de formação, compartilhamento de dados e outras estratégias para o fortalecimento do agro das nações.

Cafezal urbano e planeta inseto - O cafezal urbano do IB, visitado pelo público do evento, é um dos maiores do mundo, com mais de dois mil pés de café, em uma área de 10 mil m², cultivados em sistema orgânico. O cafezal serve, atualmente, para condução de estudos relacionados a pragas e doenças e é utilizado para educação ambiental e divulgação científica.

No ano passado, o IB e Nestlé assinaram acordo para ampliar os estudos no cafezal, com investimentos que visam conciliar pesquisa, desenvolvimento e inovação em prol do café sustentável. O cafezal do Instituto Biológico pode ser visitado mediante agendamento via  [email protected].gov.br.

Outra atração que chamou a atenção é o Planeta Inseto, exposição permanente do Museu do Instituto Biológico, que visa mostrar a importância dos insetos para o meio ambiente e como ele está no dia a dia das pessoas. No Planeta Inseto, o público pode ver abelhas produzindo mel, formigas trabalhando em equipe, cupins reciclando materiais orgânicos e bicho-pau se escondendo entre galhos de árvores.

A exposição foi temporariamente fechada em março de 2020, devido a pandemia. "Agora, estamos passando por melhorias tanto do ponto de vista estrutural, como expositivo. No ano que vem, devemos abrir nosso museu totalmente revitalizado para a população. Enquanto isso não ocorre, o nosso público poderá matar a saudade dos insetos no Instituto Biológico de Portas Abertas. Em breve, devemos anunciar a reabertura da exposição em um outro espaço, enquanto a obra do Museu não é finalizada", conta Ana Eugênia. *Fernanda Domiciano - Assessoria de Imprensa - APTA -  [email protected]/ [email protected]


Comentários