Apesar do fato de que as más condições climáticas afetaram o volume das exportações de abacate da Nova Zelândia, fazendo com que fossem muito menores do que o esperado para a temporada 2022-23, a indústria da Nova Zelândia está muito animada por ser a nova anfitriã do Congresso Mundial do Abacate (Congresso Mundial do Abacate - https://www.wacnz2023.com/ - este ano.

"Tivemos uma estação muito chuvosa, provavelmente três vezes mais chuva do que normalmente temos, o que afetou o desempenho da fruta nas árvores", disse Jen Scoular, CEO da New Zealand Avocado durante uma entrevista exclusiva com PortalFruticola.com

Para a atual temporada, que termina neste mês, os exportadores neozelandeses esperavam 4 milhões de bandejas de abacate de 5,5kg, mas os números finais foram reduzidos para cerca de 2,6 milhões.

No entanto, houve aumento de volume para o mercado local devido à redução das exportações.

"Com certeza temos visto um aumento no consumo local, fazemos campanhas no mercado da Nova Zelândia para incentivar mais pessoas a comerem abacate", diz Scoular.

Planos de crescimento - Entre 2017 e 2021, a área de produção aumentou de 4.000 hectares para 5.000 hectares, permitindo que os produtores testem novas técnicas de plantio e métodos de cultivo para aumentar a produção de abacates premium.

Quanto à produtividade dos abacateiros mais velhos, Scoular disse: "Nos últimos cinco anos, tem havido muito esforço na poda e no manejo da copa dos abacateiros para reduzir o tamanho, o que significa que estamos obtendo uma melhor nutrição dessas árvores tornando a produção mais eficiente."

Anfitriões do Congresso Mundial do Abacate - A 10ª edição do Congresso Mundial do Abacate, que contará com mais de 130 apresentações, acontecerá este ano de 2 a 5 de abril em Auckland, Nova Zelândia.

Esta é uma grande oportunidade para os membros da indústria de todo o mundo se reunirem e compartilharem ideias para melhorar variedades, produtividade e sustentabilidade, e para enfrentar os desafios globais enfrentados pela indústria.

"A indústria do abacate tem desafios diferentes em muitos países e a Nova Zelândia é certamente um deles", disse Scoular. "Temos que melhorar a forma como cultivamos, embalamos e comercializamos abacates, por isso estamos ansiosos para ter essa conversa sobre como podemos fazer melhor coletivamente".

O consumo de abacate mantém uma ascensão meteórica. Somente nos Estados Unidos, as importações aumentaram 33% de 2020 a 2021. Parte do motivo desse aumento na demanda é a conscientização dos benefícios à saúde que a fruta oferece.

No entanto, como reconheceu Scoular, ainda existe um enorme potencial para o consumo de abacate em outras regiões do mundo. No entanto, o diretor destaca que ainda ninguém está indo bem e que a produção de abacate também deve ser boa para o ecossistema em termos de práticas agrícolas sustentáveis. "Temos que aproveitar a oportunidade de estar todos sob o mesmo teto para ter essas conversas e ver se podemos aprender uns com os outros e torná-lo melhor para todos", disse ele.

Benefícios do congresso para produtores da Nova Zelândia - Produtores de todo o país conversaram com Scoular e reconhecem que precisam adotar melhores práticas agrícolas. Eles veem o congresso como uma grande oportunidade de aprendizado para conhecer as melhores práticas de outros produtores em países como Chile, México ou Colômbia e aprender com eles.

"Sabemos que (com o evento) o abacate da Nova Zelândia terá mais visibilidade e ele se colocará no cenário mundial. Nossas principais frutas de exportação são o kiwi e a maçã, mas queremos que o abacate seja adicionado a essa conversa", finaliza. .

Scouler valoriza que, depois de dois anos difíceis, o encontro de todos os produtores locais seja uma oportunidade para fazer uma pausa e conhecer outros produtores de todo o mundo. *PortalFruticola