Com técnica molecular, argentinos buscam detecção rápida da mancha preta dos citros
A técnica utilizada para a mancha preta é a PCR em tempo real, que, além de detectar um agente causador de uma infecção, informa a quantidade de agentes causadores existentes
No Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária - INTA Yuto da Argentina, está sendo implementada uma técnica molecular que permite a identificação precisa do patógeno que representa uma ameaça à produção e exportação de frutas cítricas.
A mancha preta dos citros, causada pelo fungo Phyllosticta Citricarpa, é uma preocupação constante dos produtores, principalmente do norte da Argentina, pois, por um lado, provoca a queda prematura dos frutos afetados e, por outro, produz danos estéticos que reduz seu valor comercial.
Perante este problema, os investigadores do INTA Yuto estão a trabalhar na detecção rápida da doença com base num protocolo que se centra na localização do fungo, o que permite uma identificação altamente sensível e precisa do agente patogénico, detalhou a entidade num comunicado de imprensa.
"O principal objetivo deste protocolo é fornecer à indústria citrícola uma ferramenta eficaz e confiável para o diagnóstico rápido desta doença devastadora", disse Ceferino Flores, pesquisador do INTA Yuto.
"Procuramos evitar perdas comerciais na hora da exportação e proteger a qualidade das nossas colheitas", acrescentou.
O INTA destacou que os Laboratórios de Fitopatologia e Biotecnologia do INTA Yuto são fundamentais para o diagnóstico da mancha preta dos citros, acelerando o processo de exportação e proporcionando segurança aos produtores e exportadores.
Esta conquista representa um marco importante na luta contra esta doença e na proteção da citricultura argentina, sendo o único laboratório habilitado a realizar diagnósticos com esta técnica em Salta e Jujuy.
"A técnica utilizada para a mancha preta é a PCR em tempo real, que, além de detectar um agente causador de uma infecção, nos informa a quantidade de agentes causadores existentes, ou seja, faz uma quantificação", indicou Flores.
"A detecção é baseada em um protocolo que foca na localização do fungo por meio de primers e sondas projetadas especificamente para a região ITS do DNA ribossômico 16S", disse. *PortalFruticola - 06/8/2024.
PCR, sigla em inglês para 'Polymerase Chain Reaction', é um teste diagnóstico que permite detectar um fragmento do material genético de um patógeno e, desta forma, detectar sua presença em frutos infectados.
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