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Horas de frio suficientes e ausência de geadas tardias potencializaram brotação das videiras na Serra Gaúcha

Essas respostas de brotação nesta primavera provém de um conjunto de fatores, envolvendo as condições meteorológicas do outono, que favoreceram a maturação dos sarmentos e o estabelecimento uniforme da dormência de gemas


Com horas de frio acumuladas adequadas para a superação da dormência e a não ocorrência de geadas tardias em agosto e setembro, as videiras na Serra Gaúcha estão com um bom potencial de brotação e carga de frutos. É o que aponta o mais recente Boletim Agrometeorológico da Serra Gaúcha, produzido por pesquisadores da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e da Embrapa Uva e Vinho.

Em Veranópolis e Bento Gonçalves, no período de maio a setembro, foram registradas, respectivamente 388 e 345 horas de frio, que são calculadas quando a temperatura do ar permanece igual ou inferior a 7,2°C. "Embora os totais de 2021 tenham sido ligeiramente inferiores aos de 2020, foram adequados à superação da dormência para a maioria das cultivares de uva e favoreceram uma expressiva brotação neste início do ciclo 2021/2022", avalia a pesquisadora da SEAPDR Amanda Junges.

Essas respostas de brotação nesta primavera provém de um conjunto de fatores, envolvendo as condições meteorológicas do outono, que favoreceram a maturação dos sarmentos e o estabelecimento uniforme da dormência de gemas, as horas de frio, registradas principalmente em junho e julho, e ausência de geadas tardias em agosto e setembro. "Portanto, diante desse cenário, recomenda-se maior atenção às práticas de poda verde, como desfolha, desbaste/raleio e desponte de brotações, visando o ajuste do dossel vegetativo e o favorecimento do microclima no parreiral, em ventilação e disponibilidade de radiação solar/luz na posição dos cachos", detalha o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Henrique Pessoa dos Santos.

No aspecto fitossanitário, em função do prognóstico climático dos próximos meses indicar chuvas próximas da média em outubro e em dezembro, o boletim também recomenda o monitoramento dos vinhedos com relação à ocorrência do míldio, principalmente durante o estádio de floração até o início da maturação da uva. "Em períodos mais secos, especialmente em novembro, quando o prognóstico climático indica precipitação pluvial abaixo da média, recomenda-se, principalmente para cultivares viníferas, a aplicação de fungicidas ou produtos alternativos para prevenção e controle do oídio", explica o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Lucas Garrido.

Estas e demais recomendações sobre o manejo dos vinhedos podem ser obtidas no Boletim Agrometeorológico da Serra Gaúcha Edição Outubro de 2021, que está disponível gratuitamente na página das duas instituições.

Sobre a publicaçãoDivulgado desde agosto de 2020, o Boletim Agrometeorológico da Serra Gaúcha é uma parceria entre Embrapa Uva e Vinho e a SEAPDR. A edição de Outubro de 2021 tem como autores Amanda Heemann Junges do DDPA-SEAPDR, e  Henrique Pessoa dos Santos e Lucas da Ressurreição Garrido, da Embrapa Uva e Vinho. *Ascom SEAPDR e Embrapa Uva e Vinho

 

 

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