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Cultivo da acerola faz da fruta fonte de emprego, renda no campo e desenvolvimento em município do Paraná

Os 80 produtores de Japurá-PR se dedicam à pequena fruta avermelhada e produziram, em 2020, 1.900 ton ? ou 51,6% das 3.681 ton produzidas pelo Paraná


2005 foi o ano da virada para os Zani. Eles decidiram largar o barracão de frango e abraçar de vez a acerola, cultura que começava a ganhar espaço na pequena Japurá, cidade de 9.573 habitantes, no Noroeste do Paraná. "Marcamos o gol da nossa vida", diz, escancarando o sorriso, Márcia dos Santos Zani.

A transição, explica ela, se deu em razão da impossibilidade de expansão da avicultura, o antigo ganha-pão, asfixiada pelos limites da pequena propriedade e pelo crescimento da área urbana de Japurá, cinturão cada vez mais próximo da porteira do sítio da família. "Abraçamos a acerola", conta.

A história de vida dos Zani é comum em Japurá. E, a cada ano, ganha mais personagens, o que garante à cidade o status informal de capital paranaense da acerola. Atualmente, de acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), 80 produtores se dedicam à pequena fruta avermelhada no município. Em 2020 produziram 1.900 toneladas - ou 51,6% das 3.681 toneladas produzidas pelo Paraná. Comércio que movimentou R$ 7,5 milhões.

"Estudei, pesquisei e achei que o mais viável era plantar acerola. Tem 15 anos que mexo com isso e não me arrependo", afirma Iracema Dias Rodrigues, dona de 600 pés da fruta e de uma produção que, nos anos bons, bate na casa das 50 toneladas. *AEN/PR - Foto: Produtor Mauro Aparecido Zani 

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