Quando as larvas de abelhas sem ferrão, conhecidas como tubuna, da espécie Scaptotrigona bipunctata recebem alimentos contaminados com inseticidas organofosforados (utilizados no combate de doenças e pragas que prejudicam a produção agrícola) o seu desenvolvimento fica
?Os resultados demonstram que produtos organofosforados, a exemplo do clorpirifós, o ingrediente ativo testado, são frequentemente usados na agricultura devido ao seu amplo espectro de ação. No entanto, estes produtos são tóxicos ao meio ambiente e podem causar prejuízos em insetos não-alvo, como as abelhas, incluindo alterações no desenvolvimento resultando em deformações nos adultos?, destaca a bióloga Betina Blochtein, professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
A pesquisa é fruto da tese da bióloga Andressa Dorneles, junto ao PPG-EEB, onde realizou seu doutorado. O estudo identificou que a exposição de abelhas imaturas a resíduos destes agrotóxicos por meio da alimentação das larvas, reduz significativamente as chances de sobrevivência. ?Além dos efeitos letais, a exposição a doses menores (subletais) durante a fase larval causou deformidades e reduziu a área das asas das operárias, tornando-as menos capazes de desempenhar suas tarefas?, destaca em sua análise.
O PPG-EEB integra grupos de pesquisa atuando em diversas áreas das Ciências da Biodiversidade, incluindo Ecologia, Biologia Evolutiva, Sistemática, Genética, Genômica, Morfologia Comparada, Fisiologia, Ecotoxicologia, Comportamento animal, Paleontologia, Biologia do Desenvolvimento e Biologia da conservação.
*Fernanda Dreier - Relacionamento com a imprensa - (51) 3320-3503 Ramal 3503/(51) 99540-8614 - imprensa@pucrs.br